Puffinus baroli Bonaparte, 1857, conhecido pelo nome comum de frulho é uma espécie de ave marinha pertencente à família das Procellariidae. A espécie foi recentemente separada de Puffinus assimilis, por autonomização da subespécie Puffinus assimilis baroli, razão pela qual aparece frequentemente referida por este nome. É considerada uma espécie vulnerável pela União Internacional para a Conservação da Natureza, considerada endémica da Macaronésia, com nidificação conhecida nos Açores, Desertas, Selvagens e Canárias. O epíteto específico é uma homenagem ao aristocrata italiano Carlo Tancredi Falletti di Barolo, marquês de Barolo.
Além do nome frulho, que é tido por certos autores como um açorianismo, dá ainda pelos nomes de pardela-pequena e pintainho.
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Começa porO frulho adulto tem em média 28 cm de comprimento, com uma envergadura de 63 cm. O peso que varia de 140 g e 211 g. A plumagem dorsal é cinzento-escura a negra, a ventral cinzento claro a esbranquiçado. A face é esbranquiçada e a cabeça negra, com a divisão entre a parte escura e a parte clara a ocorrer acima do olho. As patas são azuladas.
As características que distinguem o frulho do Puffinus puffinus e de outras espécies norte-atlânticas do género Puffinus incluem pernas azuladas, uma face mais clara e uma faixa cinza-claro na parte superior das asas, as quais são mais curtas e arredondadas.
O frulho é uma ave de características claramente pelágicas, raramente visitando a terra. São silenciosas no mar, não seguindo as embarcações, mas muito barulhentas quando chegam a terra, principalmente os juvenis. O voo é caracterizado por frequentes batimentos de asas.
Nidifica em tocas escavadas em ilhéus e falésias costeiras, tendo um período reprodutor que se estende desde o início de Dezembro até aos finais de Maio. A postura ocorre a partir de finais de Janeiro, com os ovos a eclodirem em meados de Março. As crias abandonam o ninho em finais de Maio.
Alimenta-se principalmente de pequenos peixes e lulas, que geralmente caça a partir da superfície, embora na busca por alimento frulhos tenham sido observados a mergulhar até 23 m de profundidade e, embora não sendo uma ave migratória, voando até 2 500 km de distância do ninho. Estando em geral as aves marinhas segregadas por nível trófico, o frulho tem elevada capacidade de mudar de dieta conforme a disponibilidade, embora sempre dentro do mesmo nível.
Na região do Atlântico Nordeste, a abundância da espécie tem sofrido um declínio moderado nas últimas décadas, sendo considerada em estado de conservação «vulnerável». A sua população mundial estima-se em menos de 10 000 casais reprodutores. Nos Açores conhecem-se colónias de nidificação em todas as ilhas, com excepção da Terceira, estimando-se a população em 500 a 1000 casais reprodutores.