A fuinha (Martes foina) é um mamífero mustelídeo de pequeno porte, pertencente ao grupo das martas. Este animal habita toda a Europa continental, excepto Escandinávia, e algumas ilhas do Mediterrâneo. Em Portugal é comum em todo o território embora a sua população seja desconhecida. É uma espécie não ameaçada de extinção.
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Começa porEste carnívoro de pequeno tamanho mede entre 40 a 50 cm, com cerca de 25 cm de cauda e pesando entre 1,1 e 2,5 kg. As fêmeas são sempre menores que os machos. O corpo é alongado e elegante e a cauda comprida e espessa. As patas são relativamente curtas e terminam em cinco dedos com garras fortes não retracteis. A sua pelagem é em tons de castanho, com uma mancha branca ou amarelada na zona do peito, garganta e membros anteriores.
É um predador oportunista que se alimenta de uma grande variedade de roedores, pequenos répteis, aves e seus ovos. Também consome insectos, frutos e bagas e desperdícios humanos. Este animal tem por hábito guardar as sobras das refeições junto da toca, para consumo posterior em períodos de escassez.As fuinhas tem um papel ecológico fundamental no controle das populações de roedores nas áreas rurais. É um dos poucos carnívoros de pequeno porte que ataca ratazanas directamente; mesmo as doninhas, que são maiores, evitam confrontos com este roedor. Apesar desta importância, são vistas frequentemente como uma peste pelos ataques que por vezes realizam em galinheiros. De um modo geral, a fuinha adapta-se bem à presença humana e podem ser comuns em vilas ou mesmo cidades.
A fuinha é um animal solitário, de hábitos noturnos e raramente visto por pessoas. Cada fuinha necessita de uma área entre 2 a 3 km² para procurar alimento. São excelentes escaladoras em árvores e no chão deslocam-se em pequenos saltos.
A época de reprodução decorre durante o Verão, mas a implantação do óvulo no útero da fêmea é retardada até à Primavera seguinte, à semelhança do que sucede nas outras espécies de mustelídeos de climas temperados e frios. A gestação propriamente dita dura em média cerca de 30 dias e resulta em 3 a 7 crias. Os juvenis recebem os cuidados parentais apenas da fêmea. A partir dos dois meses os juvenis começam a acompanhar a progenitora nas suas saídas em busca de comida, tornando-se independentes pouco depois. A maturidade sexual é atingida entre os 2 a 3 anos e a esperança de vida máxima, registada em cativeiro, é de 18 anos.
A fuinha apresenta algumas ameaças que podem comprometer a espécie,nomeadamente a caça, quer seja pelo seu pêlo (Índia e Rússia) ou para alimentação. Asfuinhas também podem ser vistas pelos humanos como uma praga, pois afectam os seusterrenos agrícolas. Razão que poderá levar ao ser extermínio em determinadaslocalidades (Tikhonov et al., 2008).Em Portugal, a fragmentação dos habitats resultante da presença de estradas e oseu tráfego tem sido identificada como um das principais ameaças à fuinha. Esta espécieé conhecida por ser vulnerável ao tráfego rodoviário, sendo o segundo carnívoro commaior número de mortes em estradas no sul de Portugal (Grilo et al., 2009). Além disso,as estradas provocam um “efeito de barreira”, uma vez que não possibilitam asdeslocações diárias ou sazonais da espécie (Ascensão, 2013).Estudos recentes, documentam que a fuinha é também particularmente sensível àfragmentação florestal em florestas de sobreiro (montado) (Virgós et al., 2002; Santos-Reis et al., 2004; Grilo et al., 2008).