Cácapo
Reino
Filo
Classe
Família
Género
Espécies
Strigops habroptilus
Tamanho da população
149
Vida útil
45-60 years
Peso
0.9-4
2-8.8
kglbs
kg lbs 
Comprimento
58-64
22.8-25.2
cminch
cm inch 

O cácapo ou kakapo (Strigops habroptilus) é uma espécie de papagaio noturno, endémico da Nova Zelândia, notável por ser a única espécie da ordem Psittaciformes incapaz de voar. O seu nome comum significa papagaio da noite em maori. O cácapo é uma ave em perigo crítico de extinção. Em 2013, a população contava com apenas 124 aves. Em 2017, houve um ligeiro aumento, para 154 espécimes.

No

Noturno

An

Animais herbívoros

Fr

Frugívoro

Gr

Granívoro

Fo

Folívoro

Te

Terrestre

Av

Aves não voadoras

An

Animais altriciais

En

Endémico da ilha

Es

Escansorial

Te

Territorial

Ov

Ovíparo

Ar

Arborícola

Po

Poliginia

An

Animais solitários

Não-migratório

K

Começa por

An

Animais Estranhos
(Coleção)

Aparência

O cácapo é um papagaio de constituição robusta que pode medir até 60 cm de comprimento e pesar entre 3 a 4 quilos, um valor relativamente elevado em relação a outras aves do seu tamanho e que só é possível por ser não voadora. As asas são atrofiadas e pequenas e servem apenas como balanço quando estas aves circulam entre ramos de árvores. A escassez de músculos de voo faz também que o esterno seja reduzido em relação ao seu tamanho. Os hábitos noturnos de seus ancestrais fizeram que a seleção natural propiciasse a sobrevivência de indivíduos com os olhos frontais, tais quais os de corujas, o que é incomum entre psitacídeos. Tal adaptação favoreceu a visão sob baixa luminosidade.

Mostrar mais

A plumagem do cácapo providencia uma boa camuflagem contra a vegetação nativa e é em tons de verde-seco, listado de preto na zona dorsal, sendo a zona ventral e garganta de cor amarelada. Como não têm penas de voo rijas, os cácapos possuem uma plumagem muito suave e macia, o que lhes valeu o epíteto específico habroptilus, que significa precisamente pena suave em Grego. Os cácapos têm penas especializadas na zona do bico, que servem a função de bigodes sensoriais e lhes permitem um melhor reconhecimento do ambiente durante a noite, o seu período de actividade. Como complemento, estas aves têm um sentido de olfacto muito apurado.

Outra característica distintiva dos cácapos é o seu odor intenso, descrito como uma mistura de flores e mel. Apesar de agradável ao nariz humano, este odor provou ser uma enorme desvantagem para a espécie com a introdução dos primeiros predadores, que depressa aprenderam a reconhecer o cheiro do cácapo. Quando em perigo, o cácapo fica paralisado à espera que a sua camuflagem o proteja dos predadores, o que pode ter funcionado com as águias-de-haast e outras aves sem olfacto, mas representava uma estratégia perigosa junto de mamíferos de nariz apurado.

Os cácapos são aves herbívoras que se alimentam de várias espécies nativas da Nova Zelândia, consumindo sementes, frutos e pólen. A sua fonte de alimento favorita é o fruto do rimu, uma árvore endémica do seu habitat. Ocasionalmente, os cácapos podem também alimentar-se de insectos e outros pequenos invertebrados.

Assim como os demais psitacídeos, apresentam expressiva esperteza. Há grande variedade de comportamento entre os espécimes, de modo que observa-se algo análogo às diferentes personalidades humanas. Acredita-se que tais aves sejam as mais longevas conhecidas, vivendo por até um século.

Mostrar menos

Vídeo

Distribuição

Geografia

Reinos biogeográficos
Cácapo Mapa do habitat

Zonas climáticas

Cácapo Mapa do habitat
Cácapo
Attribution-ShareAlike License

Hábitos de acasalamento

Comportamento de acasalamento

Os cácapos têm uma estratégia reprodutiva única no grupo dos psitacídeos. Na época de reprodução, os machos abandonam os seus territórios para tomar posse de uma espécie de arena, onde realizam exibições elaboradas, destinadas a atrair o maior número possível de fêmeas. Os locais favoritos para estas exibições são topos de colinas ou de escarpas e os machos lutam entre si pelas localizações mais favoráveis.

Mostrar mais

Dentro da sua arena, que chega a ter cerca de 7 km de comprimento, cada macho escava diversas depressões no solo, junto de árvores ou rochas, com cerca de meio metro de diâmetro e 10 cm de profundidade. Estas depressões são mantidas limpas de detritos e marcas de pegadas com todo o cuidado. Durante o período de actividade noturno, o macho percorre as diversas depressões, utilizando cada uma como palco para emitir vocalizações ruidosas de baixa frequência que podem ser ouvidas a cerca de 1 km de distância.

As fêmeas ouvem as vocalizações dos vários machos e eventualmente fazem a sua escolha, dirigindo-se para a arena correspondente. A cópula ocorre após uma breve exibição do macho perante a fêmea e depois do encontro ambos separam-se e regressam às suas actividades: o macho retoma as vocalizações para atrair mais fêmeas; as fêmeas regressam aos seus territórios sozinhas.

As fêmeas de cácapo colocam entre 1 e 4 ovos por postura, em ninhos toscos construídos no solo ou em cavidades nos troncos de árvores. Após um período de incubação de cerca de 30 dias, os juvenis chocam sem penas e totalmente dependentes da sua progenitora. Uma vez que a fêmea tem que abandonar os ovos e juvenis todas as noites, para procurar alimento, estes são muito vulneráveis à acção de predadores. Os juvenis tornam-se mais ou menos independentes com cerca de 10 a 12 semanas, embora a progenitora possa continuar a alimentá-los esporadicamente durante os seis meses seguintes.

A reprodução dos cácapos é errática e não ocorre todos os anos. Estudos recentes sugerem que esteja associada aos períodos de frutificação do rimu, a árvore que produz o seu alimento favorito, que ocorre com 3 a 5 anos de intervalo.

A maturidade sexual dos machos ocorre aos 5 anos de idade e a das fêmeas entre os 9 e 11 anos. Em condições normais, o cácapo pode viver até aos 60 anos.

Mostrar menos

População

Coloring Pages

Referências

1. Cácapo artigo na Wikipédia - https://pt.wikipedia.org/wiki/Kakapo
2. Cácapono site da Lista Vermelha da IUCN - https://www.iucnredlist.org/species/22685245/129751169

Animais mais fascinantes para aprender