Ordem

Sirenia

4 Espécies

Em zoologia, os sirénios, sirênios, ou sirenídeos (latim científico Sirenia) pertencem a uma ordem de mamíferos marinhos herbívoros, de que fazem parte o dungongo e os manatins, por vezes apelidados de peixe-boi ou vaca-marinha.

Em relação a seus habitats, os sirênios se dividem entre estuários, ambientes rasos de rios, mares e, em geral, ambientes marinhos costeiros, em regiões tanto subtropicais quanto tropicais.

Estes animais passam toda a sua vida na água e, para isso, têm várias adaptações:

  • Os membros anteriores estão transformados em nadadeiras;
  • Os membros posteriores estão reduzidos a um pelvis vestigial;
  • A cauda é alargada e achatada horizontalmente, formando um "remo".

Algumas espécies atingem grande tamanho, pesando mais de uma tonelada. Os lábios são grandes e móveis, cobertos de cerdas rigidas. As narinas estão localizadas na parte superior do focinho e fecham-se com válvulas. Os ouvidos não têm "pinae". Os olhos não têm pálpebras, mas podem fechar-se por um mecanismo que funciona como um esfíncter. Os ossos são mais densos que o da maioria dos mamíferos (um fenómeno chamado paquiosteose), tornando-os mais pesados, o que facilita a sua posição na água.

O crânio dos sirénios tem algumas características únicas:

  • as pre-maxilas são grandes e viradas para a região ventral;
  • os ossos nasais estão reduzidos ou ausentes e a abertura nasal chega até perto das órbitas;
  • o osso dentário é excepcionalmente largo;
  • o osso timpânico é semicircular;
  • o osso petrosal é maciço e tem uma articulação fraca com o basicrânio;
  • os dentes também são incomuns e variáveis de acordo com a família.

Quando os europeus, na época das Grandes Navegações, vindos das regiões do Novo Mundo, trouxeram relatos das lendárias sereias, informaram que estas estariam próximas aos navios "pastando". Não eram obviamente sereias, mas sim peixes-boi próximos as embarcações, e que foram confundidos com sereias: pela parte dos sirênios, é comum que algas cresçam em suas costas, aspecto que, a meia luz, assemelham-se a cabelos compridos, constituindo a teoria de uma possível comparação feita pelos navegadores dentre os peixe-boi aos humanos. Em conclusão, os mesmos apareceram descritos como tais nos livros de zoologia dos séculos XVI e XVII. O nome sirênios é relativo a sereias. Ao lado, um retrato de John William Waterhouse de uma sereia, de 1900, inspirado pelos relatos dos navegadores sobre as lendas de uma mulher metade-homem, metade-peixe.

Os sirénios são membros de um grupo denominado subungulados e parecem ter um antepassado em comum com os elefantes, sendo ambas ordens parte da irradiação dos Afrotheria. Conhecem-se fósseis deste grupo desde o Eoceno (há 20-30 milhões de anos), como o do gênero Prorastomus, mas nessa altura já as famílias actuais estavam estabelecidas; pensa-se, por isso, que a sua origem tenha sido anterior a essa época.

São herbívoros e sociais, podendo formar grandes grupos.

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Em zoologia, os sirénios, sirênios, ou sirenídeos (latim científico Sirenia) pertencem a uma ordem de mamíferos marinhos herbívoros, de que fazem parte o dungongo e os manatins, por vezes apelidados de peixe-boi ou vaca-marinha.

Em relação a seus habitats, os sirênios se dividem entre estuários, ambientes rasos de rios, mares e, em geral, ambientes marinhos costeiros, em regiões tanto subtropicais quanto tropicais.

Estes animais passam toda a sua vida na água e, para isso, têm várias adaptações:

  • Os membros anteriores estão transformados em nadadeiras;
  • Os membros posteriores estão reduzidos a um pelvis vestigial;
  • A cauda é alargada e achatada horizontalmente, formando um "remo".

Algumas espécies atingem grande tamanho, pesando mais de uma tonelada. Os lábios são grandes e móveis, cobertos de cerdas rigidas. As narinas estão localizadas na parte superior do focinho e fecham-se com válvulas. Os ouvidos não têm "pinae". Os olhos não têm pálpebras, mas podem fechar-se por um mecanismo que funciona como um esfíncter. Os ossos são mais densos que o da maioria dos mamíferos (um fenómeno chamado paquiosteose), tornando-os mais pesados, o que facilita a sua posição na água.

O crânio dos sirénios tem algumas características únicas:

  • as pre-maxilas são grandes e viradas para a região ventral;
  • os ossos nasais estão reduzidos ou ausentes e a abertura nasal chega até perto das órbitas;
  • o osso dentário é excepcionalmente largo;
  • o osso timpânico é semicircular;
  • o osso petrosal é maciço e tem uma articulação fraca com o basicrânio;
  • os dentes também são incomuns e variáveis de acordo com a família.

Quando os europeus, na época das Grandes Navegações, vindos das regiões do Novo Mundo, trouxeram relatos das lendárias sereias, informaram que estas estariam próximas aos navios "pastando". Não eram obviamente sereias, mas sim peixes-boi próximos as embarcações, e que foram confundidos com sereias: pela parte dos sirênios, é comum que algas cresçam em suas costas, aspecto que, a meia luz, assemelham-se a cabelos compridos, constituindo a teoria de uma possível comparação feita pelos navegadores dentre os peixe-boi aos humanos. Em conclusão, os mesmos apareceram descritos como tais nos livros de zoologia dos séculos XVI e XVII. O nome sirênios é relativo a sereias. Ao lado, um retrato de John William Waterhouse de uma sereia, de 1900, inspirado pelos relatos dos navegadores sobre as lendas de uma mulher metade-homem, metade-peixe.

Os sirénios são membros de um grupo denominado subungulados e parecem ter um antepassado em comum com os elefantes, sendo ambas ordens parte da irradiação dos Afrotheria. Conhecem-se fósseis deste grupo desde o Eoceno (há 20-30 milhões de anos), como o do gênero Prorastomus, mas nessa altura já as famílias actuais estavam estabelecidas; pensa-se, por isso, que a sua origem tenha sido anterior a essa época.

São herbívoros e sociais, podendo formar grandes grupos.

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