Anoplolepis gracilipes
Reino
Filo
Classe
Ordem
Família
Género
Espécies
Anoplolepis gracilipes

Anoplolepis gracilipes é uma espécie de formiga do gênero Anoplolepis, pertencente à subfamília Formicinae. Acredita-se que seja nativa da África Ocidental ou Ásia. Foi acidentalmente introduzida em vários lugares nos trópicos do mundo. Recebeu coloquialmente o apelido de "louca" por causa de seus movimentos erráticos quando perturbada. Suas longas pernas e antenas fazem dela uma das maiores espécies de formigas invasoras do mundo.

Mostrar mais

Como várias outras formigas invasoras, como Solenopsis invicta, Pheidole megacephala, Wasmannia auropunctata e Linepithema humile, Anoplolepis gracilipes é uma "formiga vagabunda", uma espécie que facilmente se estabelece e se torna dominante num novo habitat devido a características como agressão a outras espécies de formigas, pouca agressão a membros de sua própria espécie, recrutamento eficiente e grande tamanho de colônia. Está em sexto lugar na lista 100 das espécies exóticas invasoras mais daninhas do mundo formulada pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), tendo invadido ecossistemas do Havaí às Seicheles e formado supercolônias na ilha do Natal, no Oceano Índico.

Mostrar menos

Distribuição

Geografia

Anoplolepis gracilipes é comum nos trópicos, e as populações são especialmente densas na região do Pacífico. A espécie é mais famosa por causar o "colapso" ecológico da ilha do Natal. Seus habitats naturais são as planícies tropicais úmidas do Sudeste Asiático e as áreas circundantes e ilhas nos oceanos Índico e Pacífico. Foi introduzido em ampla gama de ambientes tropicais e subtropicais, incluindo o norte da Austrália, algumas ilhas do Caribe, algumas ilhas do Oceano Índico (Seicheles, Madagascar, Maurícia, Reunião, ilhas Cocos e ilha do Natal) e algumas ilhas do Pacífico ilhas (Nova Caledônia, Havaí, Polinésia Francesa, Oquinaua, Vanuatu, Micronésia, Atol Johnston e arquipélago de Galápagos). A espécie é conhecida por ocupar sistemas agrícolas como plantações de canela, frutas cítricas, café e coco. Como tem hábitos generalizados de nidificação, é capaz de se dispersar por meio de caminhões, barcos e outras formas de transporte humano.

Mostrar mais

Colônias de Anoplolepis gracilipes se dispersam naturalmente por "brotamento", ou seja, quando rainhas e operárias acasaladas deixam o ninho para estabelecer um novo, e apenas raramente através do voo com formas reprodutivas femininas aladas. Geralmente, as colônias que se dispersam por brotamento apresentam menor taxa de dispersão, necessitando de intervenção humana para atingir áreas distantes. Foi registrado que A. gracilipes se move até 400 metros (1 300 pés) por ano nas Seicheles. Uma pesquisa na ilha do Natal, no entanto, produziu uma velocidade média de propagação de três metros (9,8 pés) por dia, o equivalente a um quilômetro (0,6 milha) por ano.

Mostrar menos

Zonas climáticas

Hábitos e estilo de vida

Estilo de vida

Dieta e nutrição

A. gracilipes tem sido descrito como um "predador necrófago", apresentando dieta ampla, característica de muitas espécies invasoras. Consome grande variedade de alimentos, incluindo grãos, sementes, artrópodes e matéria em decomposição, como cadáveres de vertebrados. Relatou-se que ataca e desmembra invertebrados, como pequenos isópodes, miriápodes, moluscos, aracnídeos, caranguejos terrestres, minhocas e insetos. Como todas as formigas, A. gracilipes requer fonte de alimento rica em proteínas à rainha botar ovos e carboidratos como energia às operárias. Obtém seus carboidratos de insetos produtores de néctar de plantas e melada, especialmente insetos-escama (Coccoidea), afídios e outros Sternorrhyncha. Estudos indicam que A. gracilipes depende tanto de insetos-escama que a escassez deles pode realmente limitar o crescimento da população de formigas. Por conta disso, ela "cuida" dos estágios móveis do rastreador e os protege contra seus inimigos naturais. Experimentos mostraram que essa conexão é tão forte que, em ambientes onde A. gracilipes foi removido, a densidade de insetos-escama caiu 67% em 11 semanas e zero após 12 meses.

População

Nicho ecológico

Uma supercolônia quase devastou a fauna de aves do Atol Johnston, no Oceano Pacífico. A única colônia maciça foi encontrada ocupando quase um quarto da ilha, com até mil rainhas num terreno de seis metros (20 pés) de largura. Acredita-se que a infestação tenha sido erradicada.

Referências

1. Anoplolepis gracilipes artigo na Wikipédia - https://pt.wikipedia.org/wiki/Anoplolepis_gracilipes

Animais mais fascinantes para aprender